quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Ovelhas Orwellianas



Fico abismado ao conversar com defensores do governo Lula e petistas em geral, é uma mescla de ingenuidade, ignorância e falta de valores (éticos, morais e cristãos), fora do comum.

Essas pessoas avaliam o governo, dentre uma multiplicidade enorme de aspectos, somente sob o aspecto econômico. O governo pode tudo, desde que a economia ande bem, e o pior é que para esses gênios de plantão, a continuidade da política econômica de FHC e a estabilidade econômica atual é a prova cabal de que Lula e o PT não são de esquerda, santa ignorância, se economia de mercado fosse argumento anti-comunista, a China seria o país mais capitalista do mundo.

Esquerda e direita tem muito mais relação com controle estatal vs direitos e liberdades individuais; preservação de valores tradicionais vs destruição desses valores; teísmo vs ateísmo, do que com economia de mercado vs economia estatizante.

Como as ovelhas Orwellianas - que só fazem repetir e repetir o que lhes é transmitido, seja verdade ou não, seguindo como um rebanho seus líderes - essas pessoas realmente acreditam que Lula mudou, que o PT não é um partido revolucionário (pelo contrário, eles são autênticos democratas), que o comunismo acabou e que o risco do totalitarismo não existe....

Para essas pessoas, desde de que a economia continue estável, o governo pode:

1 - Aprovar o PLC 122 (Lei da mordaça gay) e mandar para a cadeia um padre ou pastor no mesmo instante que, durante a leitura do Evangelho, o mesmo criticar a conduta homossexual;

2 - Aprovar o PL 29/07 (Controle da mídia televisiva) e colocar à nossa disposição, em todos canais abertos ou não, em horário nobre, centenas de programas do Partido, desde as notícias oficiais, até propaganda ideológica;

3 - Aprovar o PNDH-3 (Plano Nacional de Direitos Humanos 3) que como já frisou o Deputado Paes de Lira, se trata de Liberação irrestrita de aborto no Brasil;

4 - Insistir com o Estatuto do Desarmamento, que desarma o cidadão de bem e atenta contra um direito inalienável, que é o direito à legítima defesa;

5 - Pode acabar com o funcionamento dos três poderes, soltando bandidos das FARC presos em território nacional, concedendo asilo à assassinos, assassinando adversários políticos;

Na minha escala de valores, eu coloco todos esses aspectos sociais, éticos e morais acima do aspecto econômico. Pena que eu sou exceção à regra, mas no Brasil de hoje, é uma honra ser exceção.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Mais do mesmo, de novo!



Pouco antes das eleições de 2002, fiz o seguinte comentário à um amigo: “...se Lula vencer, o PT não sairá mais do poder...” Lula venceu e quatro anos depois, após um primeiro governo corrupto até os ossos, populista e assistencialista na sua essência, Lula foi reeleito.

No segundo governo, Lula até poderia ter alterado a Constituição, como “camaradas” sul-americanos o fizeram, para se reeleger indefinidamente, a maioria dos brasileiros, anestesiados politicamente, sequer iriam reclamar, um ou outro poderia levantar a voz contra esse absurdo. Porém, Lula fez outra opção, depois de um segundo governo mais corrupto, mais assistencialista e depois de ter inchado a maquina estatal e aumentado os gastos públicos a níveis jamais vistos na História “dêfte paíf”, Lula prefere lançar a candidatura Dilma Roussef.

O que mais me deixa indignado, é que tanto em 2002 quanto em 2006, era muito fácil para os oponentes de Lula, derrotá-lo nas eleições, bastava que houvesse a coragem de questioná-lo publicamente sobre os acordos firmados com as Farc através do Foro de São Paulo, sobre as declarações que as Farc não são uma organização terrorista, sobre a própria fundação do Foro de São Paulo, entidade a qual foi fundada em 1990 por Lula e o ditador assassino Fidel Castro.

Bastava mostrar aos eleitores ignorantes(não usando a palavra no seu sentido pejorativo, afinal os eleitores ignoravam esses fatos), que em 2001, como presidente do Foro de São Paulo, Lula assinou um voto de solidariedade integral às Farc e outras organizações criminosas, e deu provas de que seu governo e seu partido vêm cumprindo o compromisso à risca.
Recusar-se a qualificar essas organizações como terroristas e narcotraficantes, já é prova de solidariedade. Somem a isto as mobilizações políticas montadas pelo PT e outras agremiações de esquerda para libertar qualquer membro daquelas quadrilhas que seja preso no território nacional, e.g. “Padre” Olivério Medina; a participação de ministros do governo Lula na propaganda das Farc através da revista América Libre; a contínua colaboração entre Farc e PT na formulação da estratégia esquerdista continental através das assembléias e grupos de trabalho do Foro de São Paulo; a recusa obstinada de levar em consideração as descobertas do juiz federal Odilon de Oliveira, que apresentou provas cabais da parceria entre as Farc e quadrilhas locais de assassinos e seqüestradores. Tivesse-se mostrado isso aos eleitores, em 2002 ou 2006, e o resultado das eleições seria outro, e qualquer oponente de Lula tinha meios de fazê-lo.

Hoje a história se repete, no próximo pleito, continua muito fácil para os oponentes de Dilma derrotá-la na eleição, basta que um deles faça um dos questionamentos publicamente:

1. Qual foi o destino que Dilma e Carlos Lamarca deram aos 2,5 milhões de dólares que eles e outros terroristas roubaram da casa do Governador Adhemar de Barros em 18/07/69; (será que eles usaram para a prática da caridade e da beneficência?)

2. Se Dilma se arrepende de ter planejado e participado da execução do ataque terrorista contra o Quartel General do Exército, no bairro do Ibirapuera, em São Paulo, que ocorreu no dia 28/06/68 e matou o Soldado Mario Kozel Filho, então com 18 anos de idade, há poucos dias de completar 19 anos.

3. Se Dilma se arrepende de ter planejado o assassinato do Capitão Charles Rodney Chandler, ocorrido em 12/10/68, assassinado na frente de seu filho de 4 anos de idade;

4. Se Dilma se arrepende de todos os assaltos à Banco e a Quartéis do Exército que ela participou, sempre atrás de dinheiro e armas, para financiar sua luta armada para implantar no Brasil, um regime idêntico ao regime mais sangrento da América Latina, o regime Cubano.


O Exército Brasileiro tem provas e mais provas de todos os crimes da bandida Dilma Roussef, o Deputado Federal e militar da reserva Jair Bolsonaro até leu a ficha criminal de Dilma em pleno Plenário da Câmara dos Deputados (v. http://www.youtube.com/watch?v=iW6NEY-Lp_g).

Se um dos oponentes de Dilma tiver a coragem de fazer um desses questionamentos, o rumo das eleições será diferente, senão, teremos o PT Ad Aeternun.

O que os oponentes de Lula e Dilma não entenderam é que quando estamos lhe dando com bandidos, basta ter a coragem para denunciar seus crimes, eles não entenderam que existe um abismo ético e moral entre qualquer cidadão de bem e o Sr. Lula ou a Sra. Dilma. Espero que algum deles entenda isso, ou teremos mais do mesmo....de novo!

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Sophia Perennis ou Sabedoria Perene



Ao atualizar a seção de Links Recomendados com a adição do site da Editora Sapientia, a qual, segundo seu próprio site "...é uma editora voltada à publicação de autores da Escola Perenialista: Frithjof Schuon, René Guénon, Titus Burckhardt, Ananda Coomaraswamy, Martin Lings, William Stoddart e outros, bem como de obras clássicas da espiritualidade universal...", não tive como não compartilhar as seguintes palavras de Frithjof Schuon, onde o mesmo sintetiza, se é que é possível sintetizar uma obra filosófica de centenas de livros, a obra perenialista ou tradicionalista.

"...A função essencial da inteligência humana é o discernimento entre o Real e o ilusório, ou entre o Permanente e o impermanente; e a função essencial da vontade é ligar-se ao Permanente ou ao Real. Esse discernimento e essa ligação são a quintessência de toda espiritualidade. Levados ao seu mais alto nível, ou reduzidos à sua mais pura substância, eles constituem, em todo grande patrimônio espiritual da humanidade, a universalidade subjacente, ou aquilo a que se pode chamar religio perennis...".
Frithjof Schuon

Tive um primeiro contato com a obra perenialista a cerca de um ano, quando meus estudos me direcionaram nesse sentido e a Providência permitiu que a obra "O esoterismo como princípio e como caminho" de Frithjof Schuon chegasse a minhas mãos. Desde então também tive contato com obras de René Guénon e textos de Martin Lings e Titus Burckhardt.

Essas obras me trouxeram vocabulário e clareza necessários para expressar uma idéia que para mim era óbvia, se Deus é uno, ou seja, a realidade última é única, todas as expressões dessa realidade última (religiões) tem que convergir para um ponto comum.

Basicamente, o ponto de vista dos autores perenialistas é o da “filosofia perene”. A ideia central da filosofia perene é a de que a Verdade Divina é una, atemporal, e universal, e que as diferentes religiões são justamente diferentes linguagens que expressam aquela Verdade una.

Talves seja possível fazer um paralelo da filosofia perene ou religio perennis com o conceito Agostiniano de Vera Religione. Apesar desse último ter tido o objetivo de confrontar a filosofia antiga (principalmente o platonismo) com o Cristianismo e demonstrar a superioridade do Cristianismo, mesmo que Santo Agostinho concordasse que os platônicos professavam as mesmas verdades que estavam no coração do Cristianismo.

Sendo essa assimilação de idéias válida ou não, é sabido que o termo "filosofia perene" foi alargado de modo a cobrir a metafísica e o misticismo de todas as grandes religiões, especialmente do Hinduísmo, do Budismo e do Islão.

Dito isso, é importante frisar que "filosofia perene" não se trata de forma alguma de Ecumenismo - no sentido mais conhecido do termo - i.e., a idéia de unir diferentes denominações religiosas como se elas fossem iguais na sua forma (ritos, doutrina e símbolos). A razão de ser das diferentes religiões não é que elas são todas iguais, mas, precisamente, que elas são todas diferentes. A essência é obviamente a mesma, mas as formas são significativamente diferentes. Ou seja, as diferentes religiões são a multiplicidade das expressões formais que advêm da Verdade supra-formal.

terça-feira, 6 de julho de 2010

A Experiência das coisas Divinas segundo Albert Einstein



O mistério é a coisa mais nobre de que podemos ter experiência. É a emoção que se encontra no cerne da verdadeira ciência. Aquele que não sente essa emoção e que não pode mais se maravilhar nem se espantar, é como se já estivesse morto. Saber que aquilo que é impenetrável para nós verdadeiramente existe e se manifesta como a mais alta sabedoria e a mais radiosa beleza, que nossas limitadas faculdades só podem compreender em suas formas mais primitivas, esse conhecimento, esse sentimento, está no centro de toda verdadeira devoção. A experiência cósmica é com efeito o mais poderoso e mais nobre pivô da pesquisa científica.

Albert Einstein