quinta-feira, 8 de julho de 2010

Sophia Perennis ou Sabedoria Perene



Ao atualizar a seção de Links Recomendados com a adição do site da Editora Sapientia, a qual, segundo seu próprio site "...é uma editora voltada à publicação de autores da Escola Perenialista: Frithjof Schuon, René Guénon, Titus Burckhardt, Ananda Coomaraswamy, Martin Lings, William Stoddart e outros, bem como de obras clássicas da espiritualidade universal...", não tive como não compartilhar as seguintes palavras de Frithjof Schuon, onde o mesmo sintetiza, se é que é possível sintetizar uma obra filosófica de centenas de livros, a obra perenialista ou tradicionalista.

"...A função essencial da inteligência humana é o discernimento entre o Real e o ilusório, ou entre o Permanente e o impermanente; e a função essencial da vontade é ligar-se ao Permanente ou ao Real. Esse discernimento e essa ligação são a quintessência de toda espiritualidade. Levados ao seu mais alto nível, ou reduzidos à sua mais pura substância, eles constituem, em todo grande patrimônio espiritual da humanidade, a universalidade subjacente, ou aquilo a que se pode chamar religio perennis...".
Frithjof Schuon

Tive um primeiro contato com a obra perenialista a cerca de um ano, quando meus estudos me direcionaram nesse sentido e a Providência permitiu que a obra "O esoterismo como princípio e como caminho" de Frithjof Schuon chegasse a minhas mãos. Desde então também tive contato com obras de René Guénon e textos de Martin Lings e Titus Burckhardt.

Essas obras me trouxeram vocabulário e clareza necessários para expressar uma idéia que para mim era óbvia, se Deus é uno, ou seja, a realidade última é única, todas as expressões dessa realidade última (religiões) tem que convergir para um ponto comum.

Basicamente, o ponto de vista dos autores perenialistas é o da “filosofia perene”. A ideia central da filosofia perene é a de que a Verdade Divina é una, atemporal, e universal, e que as diferentes religiões são justamente diferentes linguagens que expressam aquela Verdade una.

Talves seja possível fazer um paralelo da filosofia perene ou religio perennis com o conceito Agostiniano de Vera Religione. Apesar desse último ter tido o objetivo de confrontar a filosofia antiga (principalmente o platonismo) com o Cristianismo e demonstrar a superioridade do Cristianismo, mesmo que Santo Agostinho concordasse que os platônicos professavam as mesmas verdades que estavam no coração do Cristianismo.

Sendo essa assimilação de idéias válida ou não, é sabido que o termo "filosofia perene" foi alargado de modo a cobrir a metafísica e o misticismo de todas as grandes religiões, especialmente do Hinduísmo, do Budismo e do Islão.

Dito isso, é importante frisar que "filosofia perene" não se trata de forma alguma de Ecumenismo - no sentido mais conhecido do termo - i.e., a idéia de unir diferentes denominações religiosas como se elas fossem iguais na sua forma (ritos, doutrina e símbolos). A razão de ser das diferentes religiões não é que elas são todas iguais, mas, precisamente, que elas são todas diferentes. A essência é obviamente a mesma, mas as formas são significativamente diferentes. Ou seja, as diferentes religiões são a multiplicidade das expressões formais que advêm da Verdade supra-formal.

terça-feira, 6 de julho de 2010

A Experiência das coisas Divinas segundo Albert Einstein



O mistério é a coisa mais nobre de que podemos ter experiência. É a emoção que se encontra no cerne da verdadeira ciência. Aquele que não sente essa emoção e que não pode mais se maravilhar nem se espantar, é como se já estivesse morto. Saber que aquilo que é impenetrável para nós verdadeiramente existe e se manifesta como a mais alta sabedoria e a mais radiosa beleza, que nossas limitadas faculdades só podem compreender em suas formas mais primitivas, esse conhecimento, esse sentimento, está no centro de toda verdadeira devoção. A experiência cósmica é com efeito o mais poderoso e mais nobre pivô da pesquisa científica.

Albert Einstein