sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

O cúmulo da incoerência


O ano está acabando e sem dúvida a maior tragédia de 2016, é a crise humanitária na Síria. São mais de 300 mil mortes, 4.8 milhões de refugiados e 6 milhões de pessoas dentro da Síria precisando de ajuda humanitária.

Vejo as pessoas nas redes sociais lamentando, orando, tentando de alguma forma amenizar a tragédia. Louvável.

Também vejo pessoas lamentando a tragédia, ao mesmo tempo que exaltam o governo Barack Obama e Hillary Clinton. O cúmulo da INCOERÊNCIA.



Como pode se lamentar uma tragédia e ao mesmo tempo exaltar pessoas que ajudaram a criar a tragédia??

O Presidente Barack Obama e a Secretária de Estado Hillary Clinton, fomentaram, financiaram a forneceram armas para os rebeldes sírios, que mais tarde formariam o ISIS.

O assunto é extremamente complexo, mas tentando sintetizar:

1 - Em 2011, durante a “Primavera Árabe” os conflitos e protestos contra o governo Bashar al-Asad se intensificaram;

2 - Em março de 2012, Kofi Annan (Secretário Geral das Nações Unidas na época) criou um plano de Paz para a Síria;

3 - O governo americano na figura de Barack Obama e Hillary Clinton foram o obstáculo para que o plano funcionasse. 
O plano fracassou devido a intransigência de Obama e Hillary, para eles, antes de qualquer cessar fogo, Assad deveria sair.

4 - Em Setembro de 2012, o consulado americano em Benghazi (Líbia) foi atacado, o embaixador Christopher Stevens e outros 3 americanos morreram. As circunstâncias do ataque nunca foram completamente esclarecidas, mas sabe-se que o embaixador estava negociando o fornecimento de armas líbias para os rebeldes sírios.
O embaixador solicitou ajuda ao governo Obama inúmeras vezes, pois sabia da iminência do ataque, mas a ajuda foi negada. (Será que o embaixador sabia demais e o governo Obama o queria morto?)
Mais tarde Hillary foi responsabilizada pelas falhas de segurança e mortes em Benghazi.

5 - Apesar dos conflitos, Assad foi reeleito em 2014 com 88,7% dos votos;

6 - Assad não deixou o governo, não foi derrotado, a Rússia e o Irã vieram em seu apoio e o resultado é a guerra, a migração em massa e a tragédia humanitária.


Agradeça ao Sr. Barack Obama e a Sr. Hillary Clinton.

domingo, 11 de dezembro de 2016

A Verdade e suas fontes

Uma das coisas mais infantis e estúpidas que já vi, é o antipatia preconcebida em relação à pessoas/personalidades. Aquele pensamento de que tudo que vem de fulano ou beltrano é ruim e desprezível, sem antes mesmo de ouvir o que fulano tem a dizer. Parece aquelas picuinhas de crianças na escola infantil, se foi o Joãozinho que falou, é bobagem!!!

Vejam o que  um verdadeiro homem de estudos tem a dizer sobre isso:

“……tendo de receber também dos homens pela leitura, pelo ensino, pelos relacionamentos, apreciem esta regra de ouro inserida por Santo Tomás entre seus Dezesseis Preceitos: “Não olhes de quem tu ouves as coisas, mas tudo o que se disser de bom, confia-o à tua memória...”

"...O que importa num pensamento não é sua proveniência, são suas dimensões; o que é interessante no próprio gênio não é nem Aristoteles, nem Leibniz, nem Bousset, nem Pascal, é a verdade. Quanto mais preciosa for uma ideia, menos importância tem saber de onde ela provém……”

Antonin Dalmace Sertillanges

quinta-feira, 21 de julho de 2016

Escola sem Partido

No primeiro ano do curso de Ciência da Computação, tive a matéria Filosofia. Não vou nem entrar no mérito de Filosofia estar na grade do curso de Ciência da Computação. 

O fato é que não tivemos nada de Filosofia, apenas propaganda marxista de uma professora que há pouco havia visitado Cuba e não se cansava de exaltar o socialismo cubano e como a o governo Fidel era a oitava maravilha do Mundo. 
Claro que ela não explicava a baixa renda per capita, o baixo PIB, a falta de bens de consumo básicos, o fato das pessoas se atirarem ao mar para fugir para a Flórida, etc…..

Me lembro de alunos lendo Marx, Adorno e Piketty, mas não me lembro de ninguém lendo Mises, Scruton ou Hayek.

Tentavam nos inculcar um sentimento anti-americano “cafona” e que o socialismo marxista era a salvação da humanidade, mas sem explicar o fracasso, a miséria, o terror e os milhões de mortos deixados pelos governos socialistas.

Tudo baseado em mentiras e meias verdades, distorcido e mascarado.

O Escola Sem Partido só quer acabar com essa contaminação político-ideológica que há anos vem imbecilizando grande parte dos alunos, lembrando que os alunos brasileiros, sistematicamente tiram as piores notas nos exames internacionais.

Doutrinação que faz com que ainda hoje, jovens acreditem e defendam as estórias da “carochinha” esquerdistas, i.e., que a economia planificada funciona, que Estado grande e centralizador funciona, que a esquerda se preocupa com os pobres (essa é de doer), que deturparam Marx e por aí vai.

Um exemplo prático: Educando sem tendências ideológicas, é impossível falar de uma das figuras da foto, sem falar da outra. Todo estudante brasileiro conhece um, mas não o outro.


Se você conhece só um, você também foi doutrinado.



segunda-feira, 11 de julho de 2016

Nonsense Marxista - Materialismo Histórico

Li Marx com vinte e poucos anos, já naquela época achava que havia algo de errado, apesar de simpatizar por algumas teses marxistas. Que bom que amadurecemos! (pelo menos a maioria)
Revisitei Marx, e hoje, vejo que não há algo de errado nas teses de Marx, as teses de Marx são o erro em si.

Não poderia ser diferente, já que o marxismo é uma ideologia e por definição ideologias são sofismas, um amontoado de idéias inconsistentes e contraditórias em si mesmas, coisa de louco mesmo. Ideologias são sintomáticas, como expõe o Dr. Andrew Lobaczewsky em Ponerologia - Psicopatas no Poder. [1]

Os absurdos das teses marxistas e as desgraças oriundas de sua implementação ao longo da história, me motivaram a tentar expor de forma resumida, esses absurdos, a começar pela principal tese marxista, o “Materialismo Histórico”.



A tese fundamental do marxismo é a do materialismo histórico, onde se coloca a economia como infraestrutura social, considerando-a como causa de toda superestrutura (arte, ciência, moral, religião, esportes, etc).

Esse princípio de Marx, deveria se mostrar evidentemente falso apenas pelo seu exagero, ao estabelecer uma relação absoluta, de causa e efeito, entre economia e vida social. Ora, o fator econômico não existia há alguns séculos e as relações humanas sempre existiram, mesmo hoje a economia não define relações familiares e amorosas, regras morais, convicções religiosas, etc.

Na verdade, a economia é condição sine qua non da vida social e da liberdade, uma vez que ela se coloca em primeiro lugar na ordem prática. Ela é fundamental como condição e não como causa.

Sua importância, na maioria da vezes se restringe ao valor dos bens materiais necessários para que alcancemos determinados fins, que na maioria das vezes não são de natureza econômica.

Mesmo não sendo causa de toda superestrutura social, a economia é sem dúvida o fundamento da liberdade humana, sem meios materiais, é impossível exercer e viver a liberdade.

Sendo assim, o que acontece se o Estado absorver a economia, alicerce da liberdade? Deixemos a resposta pra depois.

Considerando a natureza do ser humano, podemos dizer que ele é movido de duas formas:

1 - através de causas finais, capazes de atraí-lo para seus objetivos. Essa forma é natural e compatível com a natureza teleológica do ser humano. Na prática é a possibilidade de exercitar o livre-arbítrio, o direito da livre escolha, o direito à propriedade, o direito à criação e aplicação de suas riquezas da forma como bem entender! Tudo isso para alcançar seus objetivos pessoais!

2 - através de causa eficiente, que o empurre e obrigue, pela violência, a executar determinada atividade. Essa forma é antinatural e incompatível com a natureza teleológica do ser humano.

Respondendo a pergunta acima: Quando o Estado absorve a economia, através da socialização dos meios de produção, extermínio da livre iniciativa e da propriedade privada, ele se torna incompatível com a forma de motivação natural do ser humano, restando apenas o terror e a violência, constantes em todos os Estados socialistas, para obrigar o ser humano a executar algo.

O Estado se torna o Patrão Único, o Capitalista Único, tirando qualquer possibilidade de escolha daqueles que vivem sob esse regime. É a perfeita escravização social.





Milovan Djilas, em sua obra "A Nova Classe", diz:

"...Nas revoluções comunistas, a força e a violência são condições para o desenvolvimento e até para o progresso. Os velhos revolucionários diziam que a força e a violência eram apenas um mal necessário para atingir um fim. Para os comunistas, elas estão colocadas na alta posição de um culto e de um objetivo final..."
"...Baseado na força bruta e na violência, em conflito com o povo, o Estado comunista, mesmo quando não há motivos externos, tem de ser militarista. O culto à força, especialmente à força militar, prevalece nos países comunistas como em nenhum outro lugar..." 
"...Sob constante pressão para ser primariamente e, quando necessário, exclusivamente um orgão de violência, o Estado tem sido burocrático desde o princípio..." [2]


É evidente que o terror social é uma constante nos regimes comunistas, é a única forma de empurrar o homem ao trabalho, pois tudo o que poderia movê-lo em direção a um objetivo próprio foi destruído!

O Comunismo conduz à escravidão, e ainda hoje celerados defendem essa ideologia assassina!


[1] LOBACZEWSKY, Andrew Ponerologia - Psicopatas no Poder. 2014;
[2] DJILAS, Milovan A nova classe. 1957;





domingo, 28 de fevereiro de 2016

Desarmamentistas: seu autoritarismo e hipocrisia

Num país onde nada mais parece ser tratado de forma séria, a questão da segurança pública, mais especificamente a questão da posse e porte de armas, consegue se destacar no que diz respeito a falta de seriedade.

Observamos ao longo dos últimos anos, de forma recorrente, as mentiras contadas e recontadas pelos desarmamentistas, todas elas já refutadas por estudos sérios e vasta bibliografia [1].

Também observamos que infelizmente, a grande mídia, é a maior responsável por divulgar essas mentiras sem a menor preocupação ou escrúpulo na averiguação dos dados e números apresentados. 

Tenho como exemplo recente, a série de “reportagens” especiais da Rede Record a respeito do assunto. Só podemos chamar aquilo de propaganda desarmamentista com o único intuito de desinformar a população. Apenas a título de exemplo das mentiras mostradas na “reportagem”, vou adicionar o link para alguns vídeos do Canal “Gosto de Armas” onde são mostrados os dados apresentados, os dados reais e suas fontes [2].

Se não bastasse tudo isso, o posicionamento dos desarmamentistas é autoritário e hipócrita em sua essência. 

Hipócrita porque a esmagadora maioria dos que defendem o desarmamento, o defendem para os outros mas não pra si próprios. Políticos, artistas, formadores de opinião desarmamentistas estão cercados de seguranças armados, as polícias legislativas e do senado estão muito bem armadas, na grande maioria essas pessoas moram em condomínios fechados, onde a segurança é feita por homens armados! O desarmamento é bom para os outros, porque eles não abrem mão de suas armas e segurança privada!

Dilma Rousseff pedala acompanhada do General Amaro (responsável pela segurança da presidente), um segurança e a jornalista Tânia Monteiro. Pelo menos duas armas na cena.


Autoritária porque quem defende o desarmamento, obrigatoriamente precisa impor sua vontade sobre os outros. 
As pessoas que defendem o direito do cidadão de bem, possuir e/ou portar armas de fogo, defende um direito, para si e para os outros. Os desarmamentistas podem não exercer esse direito, ninguém vai impor que eles o façam!

Já os desarmamentistas, querem tolher um direito, o direito de acesso às armas. É evidente que o direito inalienável à legítima defesa não pode ser exercido de forma efetiva sem uma ferramenta eficaz para repelir agressão injusta, agressão a qual na maioria das vezes se faz com uma arma de fogo.

Os desarmamentistas não estão satisfeitos em não possuir armas, eles querem que ninguém as possua. Lembrando que os bandidos sempre as possuirão, independente da legislação.

Alguém delegar sua segurança e de sua família, única e exclusivamente à um Estado que é incapaz de prover essa segurança de forma eficaz, é um direito e opção. Querer impor que todos o façam é inadmissível.

Eu morreria para defender minha vida e minha família e disso eu não abro mão!


[1] QUINTELA, Flavio; BARBOSA, Bene Mentiram para mim sobre o desarmamento. 2015;
LOTT, John R. Mais Armas Menos Crimes. 1999;
MALCOLM, Joyce L. Guns and Violence: The english experience. 2004;


https://www.youtube.com/watch?v=8xexlgs5FMU

domingo, 7 de fevereiro de 2016

A generalização, o funcionalismo público e uma história de meu pai

Com muita frequência escuto comentários e piadas a respeito da incompetência, falta de compromisso e até falta de honestidade de funcionários públicos. Sim, já conheci alguns que eram uns encostados, vagabundos que usufruíam de suas estabilidades para apenas mamar nas tetas estatais.
Convenhamos que no Brasil é muito comum as pessoas generalizarem e associarem todo funcionário público à pilantragem. Mas deixe-me contar uma história de meu pai.

Eu devia ter uns dez ou onze anos, estamos falando de 1987 / 1988. Na época meu pai era Chefe de Seção ou Divisão (não tenho certeza) da Secretaria de Obras da Prefeitura Municipal de Guarulhos. Era comum eu ir para o trabalho com meu pai quando eu tinha consulta no dentista, o consultório do Dr. Jairo era em frente ao prédio da Prefeitura, que ainda existe, localizado à Rua Sete de Setembro com a Rua Felício Marcondes, no centro de Guarulhos.

Fui ao dentista, ao final da consulta, meu pai me pegou no consultório e fui “trabalhar” com meu pai, esperando o fim do expediente.

 Estava brincando de datilografar, quando dois engravatados chegaram perguntando a respeito do projeto de um Hotel nos arredores do Aeroporto de Guarulhos. Havia dois ou três anos que o Aeroporto Internacional de Guarulhos havia sido inaugurado e vários hotéis estavam sendo construídos em suas redondezas.

Meu pai atendeu os engravatados pedindo que se identificassem, pois não eram os arquitetos responsáveis pelo projeto do Hotel. Foi quando um dos homens disse que realmente eles não eram da construtora X (responsável pelo projeto e construção do Hotel), mas que precisavam de detalhes do projeto, ao mesmo tempo que dizia isso, abria uma maleta de mão, onde eu vi maços de dinheiro enrolados em elásticos. No mesmo momento meu pai se levantou e disse “vão embora agora ou vou chamar a segurança”.

Acho que não entendi na hora o que estava acontecendo, mas aquela cena ficou na minha cabeça e meses, talvez anos mais tarde entendi que eram pessoas de uma possível concorrente, tentando comprar informações a respeito do projeto do Hotel, espionagem industrial pura e simples.

Hoje eu não generalizo, e quando escuto comentários como “todo funcionário público é desonesto”, tenho a certeza da injustiça que está sendo cometida.
Existem pilantras em todas as áreas de atuação, mas generalizar é injusto porque atinge as exceções (ou muitas vezes maiorias) inocentes.

Nem todo funcionário público é desonesto.
Nem todo político é corrupto (sim, ainda existem poucos que não se corromperam).
Nem todo pastor é desonesto.
Nem todo policial é corrupto…..
Só pra citar algumas generalizações comuns.

“Toda generalização é perigosa. Inclusive esta.“ 
Alexandre Dumas Filho